Vou meditar, mais uma vez, na função da “Mala de Garupa”. Parece que não entenderam, ou mal entenderam, ou não quiseram entender: Talvez seja um problema cultural ou desconhecimento do que seja uma Mala de Garupa. Ela é tecida de pano forte, feita de duas bolsas, para se localizar de um e outro lado da garupa do cavalo ou no pescoço do carregador.
A mala de garupa era tão eficiente que iluminou uma ideia na sabedoria divina. O Senhor estava magoado com a humanidade porque lhe doara muitas graças, em forma de qualidades, para ajudar seus filhos. Doou, também poucas limitações para se completarem uns aos outros.
A bolsa da frente da sacola era cheia de virtudes, para que todos pudessem ver; e a bolsa de traz trazia umas poucas limitações e se localizava, nas costas, para ninguém ver.
Como não desistissem de apontar os defeitos e invejar as capacidades alheias, surgiu-lhe a ideia da Mala de Garupa. Assim, da sabedoria divina nasceu uma forma das pessoas verem o bem e não o mal.
Houve uma grande formatura para a imposição da nova farda que salvaria o povo das fofocas e críticas à vida alheia. Salvaria, mas não salvou. O diabo, porque ultracrítico, foi declarado revisor dos investidos, com a Mala de Garupa.
A assessoria divina colocava sobre cada pessoa humana, uma mala da justiça e a despedia, não sem antes passar pelo “capeta” confirmar. Como Deus mandara colocar na sacola, que ia a frente, muitíssimas qualidades e na de traz, algumas limitações, o “enrustido” as trocava de posição passando as virtudes para traz e escancarando os defeitos, na frente. Assim todos viam os defeitos e não visualizavam as virtudes!
Assim nasceu a fofoca, a maledicência dos que se negam procurar a legítima sacola portadora das virtudes!