Fomos feitos um para o outro. Nosso corpo e nosso espírito são direcionados para fora de si, programáveis para o outro. Voltados somente para si, a pessoa se deprime e implode.
Ninguém recebe os dons do Espírito Santo para uso próprio, mas para benefício dos membros da comunidade. Nem o dom da cura, do conselho, da bênção, enfim nenhum dos dons é conferido para benefício próprio, mas para benefício alheio.
Só se dá bem na vida quem abre as janelas e as portas do seu ser para acolher e fazer a festa da vida para o outro.
A própria linguagem humana revela a direção certa ou errada dos afetos, das ações, dos sonhos quando é capaz de trocar ou não o “eu” pelo “tu”; quando o “eu” deixa a centralidade para ser ocupada pelo “tu”!
Tudo que fizeres somente para ti, terá menor valor do que fazendo para o outro: no sorriso que provocas no outro é que teus lábios se abrirão para sorrir; na alegria que causas, te sentirás alegre.
Se Jesus tivesse procurado o bem individual dele, não seria Redentor e nossa salvação seria apenas um sonho utópico.
O bem que procuro só para mim, me minimiza; quando concretizo para o outro me maximiza. Porque isso é amor e no amor me assemelho a Deus, que é todo para fora de si mesmo gerando vida e criação.
Quando tu saíres de ti, tu te encontrarás no outro. Ele será o espelho capaz de revelar teu verdadeiro rosto.
Sair de ti é um salto de qualidade relacional, é material abundante e valioso para construção do edifício da tua personalidade.
