Antropomorfismo é uma forma de pensamento comum às diversas crenças religiosas que atribui a Deus ou a seres sobrenaturais comportamentos, pensamentos, características e atributos meramente humanos. Se atribui forma animal, se chama zoomorfismo. São equívocos muito comuns.
Sob a ótica do amor, o humano é minado de contradições e o divino é puro e totalmente positivo. Deus é amor infinito. Também o perdão de Deus é absoluto e radical (Heb 8,12) e o perdão humano é incompleto e sempre deixa alguma borra na alma.
O antropomorfismo é um pensamento teológico, ou filosófico, cimentado na pouca capacidade humana, intelectiva; distante da realidade, como o infinito dista do finito. Não temos conceptualização experimental do infinito…
Nós nos relacionamos com alguém conforme a imagem interna que temos deste alguém.
Como estamos nos relacionando com Deus? Que imagem dele moldamos na mente?
Deus não pratica o amor. Deus é Amor (1Jo 4). Sua natureza é infinito amor. É no exercício do amor humano que vamos formalizando quem seja Deus, infinitamente apaixonado por nós. Ele é nosso Pai infinito, nossa infinita Mãe, nosso Irmão infinito. Não temos noção clara do que seja o infinito, mas podemos, como em névoa, deduzir o que seja, através das ações humanas movidas pela prática amorosa.
A ocupação de Deus é amar. O Deus da Bíblia é um Deus ocupado com o órfão, com a viúva, com o preso, com o enfermo, com o pecador, com o pobre e com você!
A família humana, através da vivência amorosa, vai moldando nos filhos a imagem do Criador. Também, na família, os pais se ocupam dos filhos como Deus se ocupa de nós!