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Cachoeira do Sul
23 de dezembro de 2024
Diocese de Cachoeira do Sul
17
  • 1O MEU espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura.
  • 2Deveras estou cercado de zombadores, e os meus olhos contemplam as suas provocações.
  • 3Promete agora, e dá-me um fiador para contigo; quem há que me dê a mão?
  • 4Porque aos seus corações encobriste o entendimento, por isso não os exaltarás.
  • 5O que denuncia os seus amigos, a fim de serem despojados, também os olhos de seus filhos desfalecerão.
  • 6Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles.
  • 7Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos, e já todos os meus membros são como a sombra.
  • 8Os retos pasmarão disto, e o inocente se levantará contra o hipócrita.
  • 9E o justo seguirá o seu caminho firmemente, e o puro de mãos irá crescendo em força.
  • 10Mas, na verdade, tornai todos vós e vinde; porque sábio nenhum acharei entre vós.
  • 11Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos, as aspirações do meu coração.
  • 12Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim, por causa das trevas.
  • 13Se eu esperar, a sepultura será a minha casa; nas trevas estenderei a minha cama.
  • 14À corrupção clamo: Tu és meu pai; e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã.
  • 15Onde, pois, estaria agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver?
  • 16As barras da sepultura descerão quando juntamente no pó teremos descanso.